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Juliana tinha 16 anos e morava com seus pais Alberto e Karen. Eles viviam em uma linda casa com jardim, mas o pai da Juliana senhor Alberto ficou muito doente e, então elas foram no hospital fazer exames, e infelizmente Alberto estava com leucemia e teria que passar por vários tratamentos como quimioterapia e radioterapia.
Eles precisavam de dinheiro para custear os médicos, exames e tratamentos, então numa fatídica sexta feira Karen e Alberto venderam sua casa que estava avaliada em um milhão e meio de reais. Eles já tinham vistos vários apartamentos pela cidade de Curitiba, mas acharam um bem no centro da cidade, era um apartamento antigo, mas grande e espaçoso, tinha 3 quartos 2 banheiros e o valor estava bom custava duzentos e cinquenta mil reais ( estava muito bom para ser verdade), pois os apartamentos o mínimo é trezentos e cinquenta mil reais. Eles não desconfiaram de nada, acharam bom o valor e sobraria dinheiro para o tratamento caro de Alberto.
Juliana pegou o quarto no final do corredor, já Alberto e Karen ficaram com o quarto próximo da sala, pois se Alberto precisa-se de algo eles poderiam correr para a porta de entrada e ir para o hospital.
O tempo passou e Juli ( apelido carinhoso que os pais davam a Juliana), passou a ficar sozinha em casa, pois seu pai começou a ficar mais tempo internado e sua mãe Karen ficava dividida entre o hospital e o seu trabalho.
Curitiba sempre chovia na época de Julho e Janeiro, e Juli amava as tempestades nessas épocas, eram boas para comer, assistir um filme e dormir, além do mais eram as suas férias escolares.
um dia era 11:11 da noite Juli adormeceu no sofá da sua sala e, quando acordou ouviu passos em direção ao quarto de seus pais, sem pensar duas vezes, ela chamou por sua mãe Karen já que seu pai estava internado no hospital, mas nada e ninguém respondia, ela olhou em volta de seu apartamento e não era o mesmo lugar que ela conhecia, o lugar estava estranho parecia era meio sombrio, velho estava meio que em ruinas, ela caminhou até o quarto de seus pais e deu de cara com uma pessoa estranha alta, magra, pele branca e olhos escuros que lhe disse: O que você está fazendo aqui? Você não pode ficar aqui....Aqui é Sete Além.
A voz desse estranho era sombria e assustadora, ele segurou nos braços de Juliana com muita força e, ela lutou para se soltar, mas nada adiantava, até que outra figura agora em forma de mulher apareceu e também era magra, pele pálida e olhos escuros, quando ela se aproximou o outro ser masculino sem querer soltou Juliana.
Juli em seu desespero abriu a porta com força desceu as escadas que estavam e escombros dando de cara com outras figuras altas, magras, de peles pálidas e olhos escuros. Mas Juliana nem as encarou corria como se fosse vida ou morte e saiu daquele apartamento e foi para uma rua escura e fria.
Ela não compreendia o que estava acontecendo, pois aquele dia em sua cidade estava chovendo, mas naquele lugar nem estrelas tinham, só o céu negro, a rua escura e o tempo frio.
Ela ainda estava com pijama de plush que sua mãe dera de presente de natal e em seus pés só estava usando meias de inverno. Estava assustada, seu coração batendo acelerado e sua respiração ofegante.
Naquela rua outras figuras igual aquelas duas do apartamento se aglomeravam perto de Juliana e, ela não sabia o que fazer se corria ou se ficava parada sem saber o que lhe aconteceria, ela fechou seus olhos e sentou-se em posição fetal, tremendo de frio e de medo.
Então uma voz calma e suave lhe disse abra os olhos e me acompanhe, vou te tirar de Sete Além, aqui não é seu lugar. Juliana ao abrir seus olhos, olhou em volta e seu apartamento tinha voltado ao normal, ela respirou aliviada, pois parecia um pesadelo. Sua mãe entrou com compras, Juliana a abraçou como se nunca a houvesse abraçado bem forte e não queria largar mais sua mãe. Karen assustada perguntou o que havia acontecido para a menina estar assim, mas antes tinha uma surpresa, seu pai estava em casa e que a doença sofrerá regressão. Então Juliana abraçou seu pai forte quase que esmagando ele, começou a contar tudo que lhe havia acontecido. Seus pais acharam que ou ela assistiu filme de terror em suas ausências ou ela havia dormido e tido um pesadelo. Mas Juli sabia que aquilo era real, aquilo não era pesadelo e nem filme. E quando Juli foi se deitar, aquela sombra lhe apareceu novamente e lhe disse: "Aqui é Sete Além, não é seu lugar... " Juli levantou-se assustada e gritando pois só ela sabia o que tinha passado em Sete Além, foi real....
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